Pela consideração extremada para com a Igreja, somos muitas vezes mais servos da Igreja, do sistema, da liderança,  que servos de Deus, da sua palavra...Servimos a Deus quando este servir não se contrapõe com o sistema religioso que estamos inseridos. Desta forma confirmamos que se estivéssemos ao pé da cruz seríamos os apenas mais um daqueles que guiados pelo judaismo e a liderança instituída da época, a crucificar nosso amado mestre, que como pedra de esquina, pode surpreender a cada um de nós. Precisamos fidelidade a Deus e não a normas instituídas, quando o Espírito Santo revelar situações surpreendentes.

II Conrintios deixa bem claro que devemos substituir o ministerio glorioso da guia da lei (aio, tutor)  pelo ministerio superglorioso da guia do Espírito Santo (Jesus, voz de Deus).  Esta idolatria é uma herança judaica no meio cristão. Em nosso meio,  ela foi  causada sobretudo pela necessidade de defesa da permanencia do sábado e da interepretação de Daniel 7:25 que nos delegou a mensagem de denunciarmos a mudança da lei de Deus na forma  antiga operada pelo rei constantino em 321 e ratificada segundo Tomás de Aquino pela Igreja Católica no sínodo de Órleans em 538DC. (Segundo livro "A lei de Cristo" do Cardeal Bernard Hering).  A lei nos conduziu de aio para Cristo, nós dissemos que Cristo é que nos conduz a lei, nos estudos biblicos quando a pessoa aceita Jesus, em seguida vem aceitação da lei. Nós adventistas focamos nossa pregação na lei e chegamos a proferir absurdos e exageros  como declarar ser a lei "a máxima expressão do caráter de Deus"

Nem Cristo e nem Paulo enfatizaram ou pregaram de forma ostensiva a guarda do sábado. Ele é citado como sinal de fidelidade a Deus na velha aliança, mas não é citado como sinal de fidelidade a Deus no Novo Testamento. No NT os sinais citados por Jesus são amar inimigos, fazer bem aos maus e bons, curar sobrenaturalmente através da oração, expulsar demonios e sobreviver a coisas perigosas (Marcos 16:16). Contudo somos ensinados a enxergar o sábado como sinal de Deus enquanto que negligenciamos na maioria das vezes a pregação e a prática dos sinais de fidelidade anunciados por Jesus no NT. Nós  fazemos do sábado  uma especie de novo evangelho e verdade para o tempo do fim. Devemos lembrar que o Evangelho se destaca por outros focos e importancias e que qualquer exagero que façamos pode desfocar as coisas que Jesus ordenou que seguíssemos. Enquanto Jesus reinterpretando o sábado declarou não querer sacrificio mas misericordia em relação a sua guarda, enquanto Jesus destacou que o sabado foi feito para o homem e não o homem para o sabado, nós insistimos em sacrificio em prol do sabado e fazemos da guarda deste dia o sinal principal de honestidade e obediencia para com Deus.

Seguindo ao mundo, temos feito do academicismo, diplomas, formalidades, técnicas , alto nível, sermões mais estudados que inspirados, intelectualidade, exegeses, estudos, os atributos mais desejáveis que a inspiração, o ser "chamado por Deus", a simplicidade, a unção, os dons do Espírito Santo e o poder, como características mais desejáveis na nossa liderança. O resultado é um chamamento  não mais de Pedros para a obra de Deus , mas de pessoas que sigam nossos parâmetros. Os dons espirituais da Bíblia são substiuidos por dons naturais desenvolvidos ou inatos nas pessoas. Os shows musicais por louvor simples , as pregações por palestras, o pastor por profissional da fé, o profeta or professor de teologia, Jesus como cabeça  pelo homem como cabeça (666), onde se assentam em tronos homens querendo parecer deuses.